domingo, junho 29, 2008:

O que seria quente ou frio
se não tivesse tato?
O brilho e o opaco,
o rock ou o fado,
se cego e surdo fosse de fato?
Cheiro de ralo é perfume de rato,
Espalha, ocre estragado.
Broto de rosa, aroma raro,
só de perto, aguça o olfato.
Não tem idioma, o sussurro calado.
Não tem lógica, o delírio consumado.
Se entende
mesmo que não explicado,
o tão intenso,
que sentimos no ato.
Se estende
por tempo inexato,
ao ponto do corte lento,
quando o primeiro, olhar assustado.
Claudia "In Stereo" // 8:14 PM
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